MYRTACEAE

Eugenia malacantha D.Legrand

Como citar:

Raquel Negrão; undefined. 2019. Eugenia malacantha (MYRTACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EOO:

199.969,708 Km2

AOO:

156,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados PARANÁ, municípios Agudos do Sul (Costa 833), Antonina (Cervi 2369), Guaraqueçaba (Hatschbach 26875), Guaratuba (Hatschbach 9295), Londrina (Kawakita 17), Morretes (Hatschbach 342), Paranaguá (Hatschbach 14536) e Piraquara (Hertel 230); RIO DE JANEIRO, municípios Nova Friburgo (Giaretta 1476) e Paraty (Gibau 212); SANTA CATARINA, municípios Garuva (Cadorin 1914), Itajaí (Reitz 1795), Itapema (Stival-Santos 3360) e Joinville (Sapelli 398); SÃO PAULO, municípios Campinas (Druzian 354), Cunha (Ferretti 36), Pariquera-Açu (Godoy 132), Santo André (Simão Bianchini 1573), Sete Barras (Souza 29330), Tapiraí (Virillo 205) e Ubatuba (Sanchez 1876).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor:
Categoria:
Justificativa:

Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 EN

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Sellowia 13: 324. 1961. Conhecida pelo nome popular Araçatinga (Kuniyoshi 4973) e Guamirim (Roderjan 538) em Guaraqueçaba (PR).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Estacional Semidecidual
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvores de até 8 m de altura (Costa 833), Semi-ciófila (Duarte 94), ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica na Floresta Estacional Semidecidual, e na Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Eugenia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10453>. Acesso em: 03 Jun. 2019

Reprodução:

Detalhes: Eugenia malacantha é uma espécie hermafrodita, foi coletada com flores em janeiro (Sanchez 1876), abril (Silva 9305), maio (Cervi 7042), junho (Völtz 1564), agosto (Hatschbach 342), setembro (Cervi 7049), novembro (Druzian 354) e dezembro (Leitão Filho 647); e com frutos em março (Costa 833), agosto (Kuniyoshi 4973), setembro (Cervi 7049) e novembro (Faria 3037).
Dispersor: A espécie é dispersada por animais (Borgo, et al. 2011)
Síndrome de dispersão: zoochory
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Borgo, M., Tiepolo, G., Reginato, M., Kuniyoshi, Y.S., Galvão, F., Capretz, R.L., Zwiener, V.P., 2011. Espécies arbóreas de um trecho de floresta Atlântica do município de Antonina, Paraná, Brasil. Floresta.

Ameaças (7):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat past,present,future local medium
Devido à beleza cênica Nova Friburgo se tornou um local de atração turística, e como consequência, houve uma substituição das atividades agropecuárias por atividades vinculadas ao turismo. Propriedades destinadas à agricultura foram substituídas por pousadas, hotéis, restaurantes e casas de veraneio (Mendes, 2010).
Referências:
  1. Mendes, S.P., 2010. Implantação da APA Macaé de Cima (RJ): um confronto entre a função social da priopriedade eo direito ao meio ambiente ecologicamente preservado. V Encontro Nac. da Anppas, Florianópolis, SC.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7 Natural system modifications habitat past,present,future regional high
O Parque Nacional Serra da Bocaina totalizando uma área de 104.000 ha, da qual cerca de 60% localiza-se no Estado do Rio de Janeiro e 40% no Estado de São Paulo. possui como ameaças a sua biodiversidade local a extração vegetal, queimadas, construções civis, canalização, barramento de canais fluviais, turismo e visitação descontrolados (Batista et al., 2009).
Referências:
  1. Batista, E. R., Santos, R. F., Santos, M. A., 2009. Construção e Análise de Cenários de Paisagem em Área do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Revista Árvore, 33(6): 1095-1108.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present,future local high
O município de Cunha com 140725 ha tem 54,4% de seu território (76559 ha) transformado em pastagens. O município de Londrina com 165257 ha tem 12,1% de seu território(20065 ha) transformado em pastagem (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 14 de novembro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2 Wood & pulp plantations habitat past,present,future local high
Guaratuba tem 41,3 ha de plantios de Eucalyptos e 1.433,6 ha de Pinus, outros 7,5 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Morretes tem 2,2 ha de plantios de Eucalyptos e 447,8 ha de Pinus, outros 455,3 ha estão em corte raso ou recém-plantados. Paranaguá tem 20,9 ha de plantios de Eucalyptos e 99 ha de Pinus, outros 21,6 ha estão em corte raso ou recém-plantados (Eisfeld e Nascimento, 2015)
Referências:
  1. Eisfeld, R.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos Plantios Florestais do Estado do Paraná – Pinus e Eucalyptus. Curitiba, Instituto de Florestas do Paraná, 76 p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat past,present,future local high
O município de Londrina com 165257 ha tem 54,4% de seu território (90025 ha) tranformado em produção de cana-de-açúcar, milho e soja (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 06 de dezembro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting mature individuals past,present,future national very high
O Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma. O desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985. Entre 2017 e 2018 o desmatamento para os estados de ocorrência da espécie foi: Rio de Janeiro 18 ha, São Paulo 96 ha, Paraná 2.049 ha, e Santa Catarina 905 ha.
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2019. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2017- 2018. Relatório Técnico, São Paulo. 35p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,mature individuals past,present,future national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.

Ações de conservação (5):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie ocorre nos Parques Estaduais de Vila Velha (Cervi et al. 2007) e Mata dos Godoy, e na Reserva Biológica de Sapindatuva (CNCFlora, 2011), todos no estado do Paraná.
Ação Situação
5.4.3 Sub-national level on going
A espécie é considerada rara, segundo a lista das espécies rarasou ameaçadas de extinção de Santa Catarina (Klein, 1990).
Referências:
  1. Klein, R.M., 1990. Espécies raras ou ameaçadas de extinção do estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: IBGE. pp. 287
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie avaliada como "Em perigo" está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Portaria nº 443/2014. Anexo I. Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Disponível em: http://dados.gov.br/dataset/portaria_443. Acesso em 14 de abril 2019.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção : Território Paraná - 19 (PR)

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.